quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rosbife da Vazia no Tacho

Eu não sou muito carnívora, muito de vez em quando como carnes vermelhas, e quando o faço, tem de ser carne da melhor qualidade.
Não consigo comer "solas", carne dura e sem gosto, por isso toda a carne que se come cá em casa, tirando uma excepção ou outra, é carne Barrosã. Assim sei donde veio, tenho a certeza que esteve a pastar nas ervinhas e que teve uma vida saudável.

Tenho a sorte de ter uma amiga que me põe todo o tipo de carne Barrosã à porta de casa. Quem se habitua a comer carne desta qualidade, já não consegue comer outra coisa!
O contacto dela não é segredo, partilho a quem o pedir.

Bem, vamos ao que interessa; Rosbife feito no tacho.
Esta é para mim a melhor versão de rosbife, usei um naco da vazia, mas também pode ser feito com lombo.
Como a vazia é uma carne muito saborosa, não deixei horas a marinar, apenas barrei ao de leve com uma pasta de alho (pouco), sal e pimenta.
Pus ao lume um tacho com azeite e quando este ficou quente, coloquei a carne que ficou a fritar primeiro num lado, depois noutro e fui virando até achar que já estava cozinhada.
Para este naco de 700gr demorei 20min a cozinhar ao lume médio/alto, mas se tiver dúvidas, pode-se fazer um golpe a meio da carne para ver em que ponto está.

Tire a carne e deixe repousar enquanto faz o molho que é opcional.
No tacho onde fez a carne, junte vinho branco para envolver todos os sumos/vestígios da vazia.
Junte um pouco de alho picado, sal e pimenta qb.
Deixe cozinhar e quando o vinho tiver evaporado e tiver perdido o álcool, ponha tudo num copo liquidificador e bata. Fica com um molho aveludado que pode ser servido à parte.

Se a carne é boa, não há nada que enganar, vai ficar tudo saboroso!


























Acho obrigatório para fritar a carne no tacho, ter uma daquelas redes tipo tampa para não salpicar.
A minha é do Ikea.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Risotto de Cogumelos

Risotto é aquele prato que nunca peço num restaurante. É fácil de se fazer, mas é bastante demorado, pelo menos a minha maneira!

Para mim um bom risotto tem alguns passos que não podem ser alterados nem substituídos; o caldo tem que ser feito com legumes frescos, o caldo tem que ser acrescentado aos poucos e não todo de uma vez e por último, as pessoas esperam pelo risotto à mesa e não é o risotto que espera pelas pessoas. O prato tem que ser servido na hora e ser provado logo.

Pode-se fazer risotto de tudo, mas pessoalmente os meus preferidos são os mais simples de legumes e neste caso de cogumelos.
A escolha dos cogumelos é importante, ouvi algures que não se deve usar cogumelos shiitake num risotto. Acho óbvio, não se deve usar ingredientes chineses num prato italiano! Mas a verdade é que estes cogumelos tem um talo muito rijo e por muito tempo que estejam ao lume ficam sempre duros.

Posto isto, esta receita para 6 leva o seguinte:
Mistura de cogumelos desidratados, para mim os melhores são as misturas italianas com os Porcini, Portobello e etc...
Legumes para fazer 2L de caldo; (cebola, nabo, courgette, 1 talo de aipo, cogumelos, alho francês, alho, sal qb)
600gr Arroz para risotto, arbório, carnaroli, etc...
1 copo cheio vinho branco ou espumante de qualidade média a temperatura ambiente
Cebola
Alho
Azeite
1 c.s. Manteiga
Queijo Parmesão ralado na hora
Sal
Pimenta

Para fazer o caldo basta pôr todos os legumes a cozer em bastante água e sal. Tirar os legumes e reservar o caldo quente.
Hidratar os cogumelos conforme instruções da embalagem e reservar a água destes.
Numa frigideira saltear os cogumelos em azeite, alho, sal e pimenta. Reservar.
Numa panela de fundo grosso (onde aqueça uniformemente), refogar cebola picada em azeite.
Quando a cebola estiver dourada, colocar o arroz em lume alto e fritar.
Quando estiver a colar no fundo da panela, deitar o vinho branco e mexer bem até que comece a colar no fundo novamente e aí colocar 1 concha de sopa do caldo.
Nesta altura ajuste o lume para que o caldo não seque rapidamente e o arroz não esteja sempre a colar.
Continuar a mexer até que cole novamente e repita o processo sempre sem parar de mexer.
A meio do processo pode, em vez de colocar conchas de caldo, ir alternando com a água dos cogumelos.
Perto do fim, junte os cogumelos salteados e ajuste os temperos de sal e pimenta.
O risotto quer-se "al dente", assim, quando achar que está no ponto, deite um pouco de caldo se estiver muito seco e desligue o lume.
Junte a manteiga, envolva e salpique por cima o queijo.
Sirva de imediato.


























Normalmente deixo o azeite na mesa para quem quiser colocar um fio no risotto.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Vieiras Grelhadas com Redução de Ervilhas

Ontem apresentei este prato cá em casa; uma entrada leve, saborosa e visualmente maravilhosa!
Quem é que não gosta de vieiras? Pequenos pedaços de mar, tenros, suculentos por dentro e salgados por fora...
Decidi acompanhar com um puré de ervilhas que confere um contraste adocicado além de ter uma cor espantosa.

Ingredientes para 6 pessoas:
12 Vieiras com o coral (parte laranja)
1/2 Cebola
200gr Ervilhas congeladas
1c.s. Manteiga
Flor de Sal
Pimenta preta
Azeite

Para o puré, refogar um pouco de cebola em azeite, juntar as ervilhas congeladas e um pouco de água e sal.
Deixar cozer 20 min em lume brando. Colocar tudo num liquidificador, depois coar num passador para não se sentir as peles das ervilhas e vai ao lume a engrossar (se necessário). No fim por a manteiga para ficar mais aveludado.

Para as vieiras, deixa-las perder a água toda e seca-las bem com papel absorvente.
Numa frigideira bem aquecida e em lume alto, grelhar as vieiras 10 segundos em cada lado.
(Tem que se ter cuidado para não deixar cozinhar demasiado tempo para não ficarem tipo borracha.)

Para empratar colocar a redução de ervilhas primeiro e depois as vieiras por cima.
Salpicar as vieiras com um fio de azeite, flor de sal e pimenta a gosto.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Penne com tomate

Se há alguma coisa que não gosto é molho de tomate "comercial".
Para mim não há nada como um bom molho de tomate feito em casa, com tomate fresco, azeite, alho e manjericão, onde os sabores estão suaves e equilibrados.

Esta receita de massa com molho de tomate pode ter várias versões, a minha é mais para adultos, mas pode ser facilmente adaptada para crianças.

Os ingredientes do molho foram:
Tomate cereja
Alho
Manjericão
Azeite
Sal
Pimenta
Açúcar
1 c.s. queijo Philadelphia
Em termos de quantidades, é tudo q.b..
É importante ser generoso na quantidade de tomate. Normalmente conto com uma embalagem de tomate cereja por pessoa.

O açúcar é um ingrediente importante nesta receita porque é difícil encontrar aquele tomate doce e super saboroso todo o ano. O açúcar corta a acidez natural do tomate e confere a doçura que se encontra naquele tomate de verão. Aconselho a ir provando e ir adoçando o que achar melhor.

Colocar numa travessa de ir ao forno o tomate, dentes de alho picados ou esmagados, folhas de manjericão, regar com azeite, salpicar com sal, pimenta e açúcar a gosto.
Vai ao forno a 220º durante 1h. Pode-se ir mexendo de vez em quando para o tomate se desfazer.
Passado esse tempo, o tomate abriu e largou os sumos e envolveu os restantes sabores.

Entretanto coze-se massa a gosto, eu fiz um penne, mas pode ser um linguini ou outra massa qualquer.
Na mesma panela da cozedura da massa, já escorrida, colocar o tomate assado, juntar uma colher de sopa de Philadelphia (opcional), salpicar com mais umas folhas de manjericão fresco e envolver tudo.


Esta é a versão de adultos, onde se sente a textura do tomate e das folhas de manjericão. Numa versão para crianças, pode-se colocar tudo no liquidificador e coar, assim fica um molho suave e aveludado.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Entrecosto no forno

No outro dia apresentei este blog a uma amiga minha, ela sugeriu-me fazer receitas light.
Uns dias depois convidei-a e a mais uns amigos para jantar e ofereci-lhes um entrecosto!
Não foi por mal, é um prato oposto ao light, mas a verdade é que estava sem grandes ideias e ia estar fora de casa durante o dia.
Assim, bastou-me pôr o entrecosto temperado com um pouco de sal e pimenta e foi ao forno a 150º durante 3 horas.
Saí de casa e não pensei mais no assunto!
Depois na última meia hora, salpiquei o entrecosto com açúcar amarelo, sal grosso e aumentei um pouco a temperatura.
Foi um jantar um pouco calórico, mas não sobrou nada!!!


























Pode-se fazer várias versões de entrecosto no forno a baixas temperaturas; barrar com pasta de alho e piri-piri da Margão (atenção que o piri-piri vai abrindo cada vez mais no forno); ou numa versão mais rebuscada da que eu fiz, é misturar açúcar amarelo com molho de soja.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Frango no forno

Quem é que não gosta de um frango assado no forno?
E o melhor desta receita, é que dá para toda a família.
Não tem mesmo nada que saber:

1 frango sem miúdos,
1 caldo knorr de legumes
1/2 limão

O caldo Knorr e o 1/2 limão vão para dentro do frango e vai tudo ao forno durante 2h a 180º.
Nos últimos 30min ponho o forno a 230º para tostar um pouco a pele.

Não é preciso nenhuma gordura extra, não vale a pena por azeite nem nada; o frango vai perdendo os sumos, juntam-se ao caldo knorr derretido e ao sumo do limão, e já está!

Aproveitei a mesma travessa e coloquei uma batatas novas (pré-cozidas) para acompanhar.







sábado, 16 de fevereiro de 2013

Chocolate e Avelã...

Como já disse anteriormente, não tenho muito jeito para fazer doces nem para seguir receitas.
Gosto de inventar, mas nas sobremesas acho mais difícil.
De qualquer forma, e por uma razão estética apenas, decidi fazer uns bolos de chocolate com avelã em dose individual.
A receita do bolo é uma das poucas receitas de bolo de chocolate que sei e normalmente faz sucesso por ser mais cremoso tipo brownie que o bolo típico.
Esta receita não é novidade para ninguém, é o tão famoso bolo "light" que quase não leva farinha, mas  tem um pacote de manteiga!
Enfim aqui segue a receita:

6 Ovos
250gr Açúcar
250gr Manteiga (sim, um pacote inteiro!)
200gr Chocolate cozinha (Também um pacote inteirinho)
3 colheres sopa farinha
Avelãs partidas qb

Bater as claras em castelo.
Derreter o chocolate com a manteiga em banho-maria ou no micro-ondas.
Bater muito bem as gemas com o açúcar.
Juntar a mistura do chocolate aos poucos à mistura das gemas.
Juntar algumas avelãs picadas.
Deitar a farinha na mistura e não mexer demasiado.
Por fim, envolver as claras em castelo.
Deitei a massa do bolo em formas de queque e o que sobrou foi para uma forma de bolo redonda.
Deixar cozer no forno a 190º+/- até que as bordas fiquem cozidas.
Acho importante o bolo ficar cru no meio e se se fizer com alguma antecedência, ele não fica líquido, mas sim compacto.

Depois fiz um topping de Mascarpone com um pouco de iogurte grego e avelãs para decorar.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sushi Lovers

Em 2009 o meu marido desafiou-me a ir ao Japão, entre muitos outros países.
Fizemos uma viagem de sonho, uma viagem de meter inveja a qualquer um. Foram 3 meses de coisas novas, de aventuras únicas e inesquecíveis.

Começamos por Tokyo, foi lá que tivemos o primeiro choque cultural e que provámos sushi às 7h da manhã.
Lá, o peixe é comprado no maior mercado de peixe do mundo, onde é distribuido pelos vários restaurantes da cidade e é preparado logo de manhã, quando está completamente fresco.
E foi nessas condições que comemos sushi no Japão. O peixe é o protagonista e o que interessa é que esteja fresco e saboroso.

Obviamente que foi uma experiência fantástica (como podem ver no meu outro blog: http://www.adaravolta.blogspot.pt/2009/11/aventuras-parte-1.html), mas pessoalmente gosto mais do sushi de fusão, não tão tradicional.
Gosto dele feito por sushiman's brasileiros, que elevaram o sushi a um nível internacional.

Aqui no Porto há um restaurante que tem sushi e que gosto bastante; o Quarenta e 4.
O sushiman Ruy Leão, prepara o sushi de forma delicada e pouco comercial.
Não há aqueles nigiris típicos com o camarão por cima nem os maki califórnia. Ele prepara peças que contam uma história sempre com peixe comprado no próprio dia.

Ontem foi dia de sushi cá em casa. Convidámos uns amigos a partilhar o momento e estivemos num jantar bem simpático a aproveitar cada sabor e combinação de sabores.

Para acompanhar houve o Redoma Rosé e o Carm Reserva Branco.

Aqui ficam umas fotos.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Quando falta a imaginação...

Quem é que nunca teve falta de imaginação?
Há dias em que a cabeça está em branco, não consigo encontrar nada, nem ter ideias para fazer o jantar.
Às vezes não se trata de apenas ter ideias, mas sim de ter paciência.
Muitas vezes ia vaguear para o supermercado para me inspirar, andava pelos corredores à espera que um ingrediente me chamasse à atenção, e tudo fazia parte de um processo criativo; juntar isto com aquilo, etc...
Agora tempo é uma coisa que não existe, tenho que ir ao supermercado a saber exactamente o que vou fazer.
Encontrei estas empadas de frango, receita Alentejana do Pingo Doce.
É só pré aquecer o forno a 220º e deixa-las seguir o seu rumo durante 30min.
O que normalmente faço é; nos últimos 5min tiro-as das embalagens metálicas e ponho de "rabo" para cima, para cozinhar a massa por baixo e ficar bem estaladiça.
Não há pior que uma empada com a massa empapada!


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Tarte Frutos Vermelhos

Há uma série de ingredientes que tenho sempre em casa, para caso de precisar de fazer uma sobremesa rápida; queijo Mascarpone, iogurte Grego e frutos vermelhos. Com eles consigo fazer uma variedade de sobremesas e todas com óptimo aspecto!

Para esta tarte usei:
1 Base de massa quebrada
2 embalagens de queijo Mascarpone
2 copos de iogurte Grego da Danone
Açucar q.b.

Cozer a massa no forno numa tarteira. Coloquei feijão seco sobre uma folha de papel vegetal (para não colar).
Misturar o queijo com o iogurte e o açúcar a gosto.
Colocar a mistura dentro da massa já arrefecida.
Colocar uma boa dose de frutos vermelhos por cima e no fim polvilhar com açúcar em pó para decorar.
Levar ao frio antes de servir.



Bolo de Prata com Amêndoa

Hoje foi um dia de ficar em casa. Entre constipações e sestas prolongadas, decidi fazer um bolo com as claras que me sobraram de um Toucinho do Céu.
Tenho 2 livros mágicos com receitas da minha Avó. Ela tem uma costela alentejana e todos os seus doces são maravilhosos.
Já eu, não posso dizer a mesma coisa. Não sei porquê, mas não consigo seguir uma receita de fio a pavio. Não tenho grande habilidade para fazer doces... Mas tento!

Esta receita é bastante simples:
7 Claras
75gr Manteiga
250gr Açúcar
200gr Farinha
Amêndoa laminada q.b. (este foi o meu upgrade)

Bater as claras em castelo. Bater bem a manteiga com o açúcar. Juntar as claras em castelo e no fim juntar a farinha peneirada sem mexer demasiado.

Depois de ter feito o bolo e antes de tirar a fotografia, houve quem não resistisse a provar o bolo ainda quente...